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Fizemos
um levantamento na Escola Juscelino Kubitschek, situada no município de São
José, na Grande Florianópolis, para sabermos um pouco mais sobre o que passa pela cabeça de pessoas que convivem com esse tipo de ato. Nesse
mesmo levantamento procuramos mesclar as opiniões entre alunos, professores e
familiares dos alunos para compararmos a visão de cada um deles sobre o
assunto.
Perguntamos a uma aluna, Géssica
Goulart Valério se já havia praticado ou presenciado o ato de vandalismo: ”Sim, tanto presenciei como também já o
cometi. Às vezes por influência de amigos ou por outros motivos” – disse ela.
Em alguns
colégios, jovens revoltados agem sem pensar jogando bombas nos pátios por cima
dos muros sem nem ver quem está do outro lado, podendo ser até crianças ou
professores as vítimas. Na maioria das vezes isso acontece porque os alunos
querem mostrar que são “bons” para as meninas. Mas isso não significa que as
meninas não cometem esses atos, pois hoje em dia elas também estão entrando na
onda do vandalismo. Um exemplo disso é a aluna entrevistada acima.
Perguntamos
para os entrevistados se eles concordam com isso, se o vândalo escolar tem
consciência do que faz. “Ele tem a consciência que defende a idéia dele, mas
não tem a consciência no sentido de uma expectativa que a sociedade tem em
relação a ele. Ele até tem uma consciência nesse ultimo sentido, por isso faz
do vandalismo uma forma de explicitar sua revolta” – disse Pedro, professor de
filosofia do Colégio JK. Feita a mesma pergunta para Elizabete, tia de aluna,
ela completa o que foi dito anteriormente por Pedro - “Com certeza, os vândalos
se julgam acima do bem e do mal”.
Questionados
sobre o que leva um aluno a vandalizar em sua própria escola Elizabete disse -
“Isso acontece devido a
problemas particulares, que acabam descarregando em sala de aula. Valores
familiares, história de vida, tipos de personalidade, professores inseguros,
agressivos ou rigorosos, pais que deixam seus filhos sempre á vontade, pouco
diálogo na família”. Pedro complementa dizendo - “O problema é muito lá de
trás, é um problema de cunho social, econômico e educacional. Não se restringe
só a escola, são problemas que se organizam na educação familiar, comunitária e
social em geral”.
Tendo conhecimento disso perguntamos
aos entrevistados o que poderia ser feito para impedir o vandalismo nas
escolas. ”Deve ser mudado a estrutura da escola em um todo, fazendo com que o
aluno sinta realmente que aquilo ali também pertence a ele. Isso pode ser feito
com projetos multidisciplinares, pratica de esportes na escola, são ações como
essas que aproximam o aluno de seu ambiente de estudo” – disse Géssica. Feita a
mesma pergunta Elizabete disse – “Conscientizar que o patrimônio público é um
bem que pertence a todos; manter a limpeza nas salas de aula; conservar
cadeiras, carteiras e ventiladores em condições de uso na sala de aula; usar
corretamente os banheiros evitando problemas de vazamento e entupimentos; usar
e conservar em bom estado todos os equipamentos das dependências da escola,
como da biblioteca; evitar qualquer dano nos muros da escola; manter em estado de
conservações o pátio coberto”. Completando as entrevistas em grande estilo
tivemos a resposta do professor Pedro, ele disse - “Todos pela educação, não só
a escola, mas a sociedade toda se vendo e trabalhando pela educação”.
Apesar de habitarmos um país que não
se importa com a educação – ou pelo menos não dá a importância que essa deveria
ter – a solução para quase tudo é a educação. Ela é a base de um país, de uma
sociedade e de uma economia forte. Como foi visto nitidamente neste
levantamento de opiniões na Escola Juscelino Kubitschek, a solução para o
vandalismo é a educação. A parte da escola na educação é o bom convívio com o
aluno, o dever de conscientizar o mesmo de que ele está prejudicando a todos
inclusive a si, o dever de ensinar. A parte da família é também o bom convívio, mas principalmente a educação. Essa
tem seu significado muito amplo, ensinar é com os professores, educar é com os
pais. Então, todos têm que fazer sua parte.
Claodir
Pracidino do Amaral Junior
Lucas
Melo
Muriel
Ventura
Turma: 3º 303Reportagem