08/11/2011

Vandalismo na escola: falta de educação?

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Disponível em: http://www.jornalfolhadosul.com.br
O vandalismo é cada vez mais comum nas escolas. Professores e diretores, na maioria das vezes, não conseguem dar conta de tentar impedir, evitar ou qualquer atitude que confronte essa prática criminosa. Esse tipo ação é usado por alguns jovens como forma para se expressar, como muitas gangues, fazendo pichações, quebrando objetos públicos e, muitas vezes, agindo com violência.

Fizemos um levantamento na Escola Juscelino Kubitschek, situada no município de São José, na Grande Florianópolis, para sabermos um pouco mais sobre o que passa pela cabeça de pessoas que convivem com esse tipo de ato. Nesse mesmo levantamento procuramos mesclar as opiniões entre alunos, professores e familiares dos alunos para compararmos a visão de cada um deles sobre o assunto.

Perguntamos a uma aluna, Géssica Goulart Valério se já havia praticado ou presenciado o ato de vandalismo: ”Sim, tanto presenciei como também já o cometi. Às vezes por influência de amigos ou por outros motivos” – disse ela.

Em alguns colégios, jovens revoltados agem sem pensar jogando bombas nos pátios por cima dos muros sem nem ver quem está do outro lado, podendo ser até crianças ou professores as vítimas. Na maioria das vezes isso acontece porque os alunos querem mostrar que são “bons” para as meninas. Mas isso não significa que as meninas não cometem esses atos, pois hoje em dia elas também estão entrando na onda do vandalismo. Um exemplo disso é a aluna entrevistada acima.

Perguntamos para os entrevistados se eles concordam com isso, se o vândalo escolar tem consciência do que faz. “Ele tem a consciência que defende a idéia dele, mas não tem a consciência no sentido de uma expectativa que a sociedade tem em relação a ele. Ele até tem uma consciência nesse ultimo sentido, por isso faz do vandalismo uma forma de explicitar sua revolta” – disse Pedro, professor de filosofia do Colégio JK. Feita a mesma pergunta para Elizabete, tia de aluna, ela completa o que foi dito anteriormente por Pedro - “Com certeza, os vândalos se julgam acima do bem e do mal”.

Questionados sobre o que leva um aluno a vandalizar em sua própria escola Elizabete disse - “Isso acontece devido a problemas particulares, que acabam descarregando em sala de aula. Valores familiares, história de vida, tipos de personalidade, professores inseguros, agressivos ou rigorosos, pais que deixam seus filhos sempre á vontade, pouco diálogo na família”. Pedro complementa dizendo - “O problema é muito lá de trás, é um problema de cunho social, econômico e educacional. Não se restringe só a escola, são problemas que se organizam na educação familiar, comunitária e social em geral”.

Tendo conhecimento disso perguntamos aos entrevistados o que poderia ser feito para impedir o vandalismo nas escolas. ”Deve ser mudado a estrutura da escola em um todo, fazendo com que o aluno sinta realmente que aquilo ali também pertence a ele. Isso pode ser feito com projetos multidisciplinares, pratica de esportes na escola, são ações como essas que aproximam o aluno de seu ambiente de estudo” – disse Géssica. Feita a mesma pergunta Elizabete disse – “Conscientizar que o patrimônio público é um bem que pertence a todos; manter a limpeza nas salas de aula; conservar cadeiras, carteiras e ventiladores em condições de uso na sala de aula; usar corretamente os banheiros evitando problemas de vazamento e entupimentos; usar e conservar em bom estado todos os equipamentos das dependências da escola, como da biblioteca; evitar qualquer dano nos muros da escola; manter em estado de conservações o pátio coberto”. Completando as entrevistas em grande estilo tivemos a resposta do professor Pedro, ele disse - “Todos pela educação, não só a escola, mas a sociedade toda se vendo e trabalhando pela educação”.
    
Apesar de habitarmos um país que não se importa com a educação – ou pelo menos não dá a importância que essa deveria ter – a solução para quase tudo é a educação. Ela é a base de um país, de uma sociedade e de uma economia forte. Como foi visto nitidamente neste levantamento de opiniões na Escola Juscelino Kubitschek, a solução para o vandalismo é a educação. A parte da escola na educação é o bom convívio com o aluno, o dever de conscientizar o mesmo de que ele está prejudicando a todos inclusive a si, o dever de ensinar. A parte da família é também o bom convívio, mas principalmente a educação. Essa tem seu significado muito amplo, ensinar é com os professores, educar é com os pais. Então,  todos têm que fazer sua parte.

Claodir Pracidino do Amaral Junior
Lucas Melo
Muriel Ventura
Turma: 3º 303
Reportagem
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